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Mortes por dengue em Goiás atingem maior número em 12 anos

Goiás atingiu a marca de 140 mortes por dengue em 2022, o maior número já registrado em 12 anos. O dado foi divulgado pelo último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, que avaliou o período de 2 de janeiro a 29 de outubro deste ano.

Conforme o levantamento, o estado também é vice-líder nacional em número de casos prováveis da doença, com 204 mil ocorrências. Os números só ficam atrás do estado de São Paulo, que possui 343 mil casos e 273 óbitos.

Se feito um ranking, São Paulo lidera o número de casos prováveis de dengue e também o número de mortes pela doença, com 343.931 ocorrências e 273 óbitos. Em seguida, está Goiás com 204.275 casos e 140 mortes e, em terceiro lugar, o estado do Paraná, com 159.107 casos e 107 óbitos.

Entretanto, o boletim chama atenção para a taxa de incidência da doença, que calcula a relação entre número de casos e número total de habitantes de cada estado. Nela, Goiás é líder nacional, com 2.832 contaminações para cada 100 mil habitantes, contra 737 do estado paulista.

Mortes por dengue em Goiás atingem maior número em 12 anos


De acordo com a Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO), o número de mortes por dengue registrado em 2022 é, até o momento, o maior já visto em 12 anos. Em 2021, foram registradas 38 mortes, o menor número já registrado.

Os dados começaram a ser contabilizados pela pasta em 2010, quando houve um registro de 93 mortes da doença no Estado. O segundo número mais alto foi em 2015 com 102 mortes.

Murilo do Carmo, que é coordenador Dengue, Zika e chikungunya em Goiás, afirma que o aumento das chuvas e a falta de cuidados da população para evitar criadouros do mosquito, são alguns dos fatores que colaboraram com o aumento de casos em 2022.

A doença, causada por um vírus, é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. O pernilongo também é o transmissor de outras doenças como a zika e a chikungunya e se reproduz a partir da água parada.

2010 – 93 mortes
2011 – 51 mortes
2012 – 52 mortes
2013 – 95 mortes
2014 – 93 mortes
2015 – 102 mortes
2016 – 69 mortes
2017 – 53 mortes
2018 – 85 mortes
2019 – 100 mortes
2020 – 47 mortes
2021 – 38 mortes
2022 – 140 mortes

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