Mulheres serão maioria entre os médicos em 2024

Max Dias Lemos
By Max Dias Lemos
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A primeira semana de fevereiro é dedicada ao Dia da Mulher Médica, celebrado em 3 de fevereiro. Essa data especial foi estabelecida em homenagem a Elizabeth Blackwell, a primeira mulher a conquistar o título de médica nos Estados Unidos e em todo o mundo. A Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) destaca a importância das mulheres na medicina, reconhecendo suas contribuições significativas para o avanço e enriquecimento do campo médico.

O perfil da Demografia Médica no Brasil para o ano de 2023, resultado da colaboração entre a Associação Médica Brasileira e a Faculdade de Medicina da USP, aponta para uma projeção de mais de 1 milhão de médicos até 2035. Em 2022, a distribuição era de 51,4% de médicos para 48,6% de médicas. Para 2024, o cenário será outro e estima-se que as mulheres representarão 50,2% do total de médicos no país.

Neste contexto, a Dra. Maria Celeste Osório Wender, primeira presidente mulher eleita da FEBRASGO, desempenha um papel ativo em ações como o Fórum Defesa e Valorização Profissional, abordando temas como ‘Remuneração médica’ e planejando ações relacionadas a projetos de lei que afetam a atividade profissional do obstetra.

“Assumir o cargo de primeira presidente mulher da FEBRASGO é uma honra e um compromisso essencial para fortalecer a voz e representatividade feminina na medicina. Nesta nova gestão, reitero meu compromisso em lutar pela igualdade de oportunidades e pelo reconhecimento do papel vital das mulheres no setor de saúde do país”, destaca a Dra. Maria Celeste.

A presença e contribuição das mulheres na medicina desempenham um papel fundamental na promoção da diversidade e na ampliação das perspectivas dentro dessa área fundamental. Ao longo dos anos, as mulheres médicas têm demonstrado competência, empatia e dedicação excepcionais, enriquecendo o campo com suas habilidades únicas e perspectivas inovadoras. Além de oferecer cuidados médicos de alta qualidade, as mulheres na medicina servem como modelos inspiradores para as futuras gerações, incentivando mais jovens a buscar carreiras no setor.

A diversidade de experiências e conhecimentos que as profissionais femininas trazem à medicina não apenas aprimora o atendimento aos pacientes, mas também contribui para uma abordagem mais holística e inclusiva na compreensão e resolução dos desafios médicos contemporâneos. Reconhecer e valorizar a importância das mulheres na medicina é essencial para o avanço contínuo do setor e para a construção de um ambiente mais justo e representativo.

Especialidades Médicas e representatividade feminina

A Demografia revelou ainda que, a Dermatologia destaca-se como a especialidade com o maior contingente de mulheres, totalizando 8.236 médicas, o que equivale a 77,9% dos profissionais dessa área. Outras especialidades que apresentam uma expressiva presença feminina incluem Pediatria (75,6%), Alergia e Imunologia, assim como Endocrinologia e Metabologia, ambas com 72,1%. Ginecologia e Obstetrícia, Geriatria, Hematologia e Hemoterapia, e Genética Médica registram representação feminina de pelo menos 60%. Por outro lado, especialidades como Nutrologia, Medicina Física e Reabilitação, e Gastroenterologia mantêm uma proporção equilibrada entre homens e mulheres. Este cenário evidencia a diversidade de talentos femininos em diversas áreas da medicina, contribuindo para um ambiente mais inclusivo e representativo.

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